"Eu sou "

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Sou aquele que muitas pessoas não gostam... Sou aquele que não vai te fazer rir quando você quiser, Sou aquele que não aceita arreios de ninguém, Sou aquele que vai te amar se não me irritar, Sou aquele que busca no alheio um novo ar, Sou aquele que tem na língua uma sinceridade esmagadora, Sou aquele que tem garras e força pra defender a quem amo, Sou aquele que tem frieza o suficiente para menosprezar quem precisar, Sou aquele que você odeia ou ama... Em mim não existe meio termo...

domingo, 23 de setembro de 2012

De Mim, De Ti... Em "nos"...

Nos teus pêlos, apelos...
Nos teus olhares desdém
Nos teus dedos desejos...

Em mim esforço...
Em mim lasciva vontade
Em mim aperto...

De ti não busco amor..
De ti não sei vida ou alma
De ti não quero nada se não ardor...

De mim, força, dentes...
De mim, candura, mãos
De mim, calor que tens...

sábado, 23 de junho de 2012

Jornada


O tempo não apagará o que fiz
O rosto meu sempre terá  a marca...
Os meus olhos não mantém a calma...
As minhas lágrimas parecem giz

Quando me olhas, vês tristezas
Agora não me queres perto…
Sinto algo que não desejas 
Contudo, não serei poupado

Uma canção repleta de tua alma
Uma brasa viciante, tremula…
Um caminho longo a trilhar

Um antigo andarilho em busca de asas
Um amor a galopada de forças escassas 
Uma marca tingindo a antiga carapaça...

domingo, 17 de junho de 2012

Novo Lobo

Com patas vacilantes...
E ainda errantes
Com olhos esperançosos

Refaço o caminho dos ossos


Marcado na pele...
O mapa de que me serve? 

Desbotado, opaco...
Sua singularidade em cada retalho


A cada passo sinto fibrilar
A cada passo sinto uivar 
A cada passo sinto das tuas asas o ar


Novos sóis nascem e morrem
Novas auroras perfumam e colorem 
Um novo lobo encontrará o caminho na ferrugem

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Até o sol nascer no Oeste e se pôr no Leste..."




Até lá... Trilharei por entre as Pedras de mais alta estirpe...

Farei de mim corvo, manobrando minhas facetas 

Esperarei por poder trançar meus dedos nos teus Volumosos cachos 

Nuvens... Eram Negras...

Tortuosas ainda são as filigranas de teus fios como coroa

Adorno pouco para ti, deverias ter inúmeras fitas em laços

Resistirei como ferro, até que tu vento me corroa...

sábado, 9 de junho de 2012

Latentes

Pergunto-me todas as noites 
Pergunto-me todos os dias 
Descomponho-me em estandartes
Descomponho-me em ruas vazias

A tua lembrança ficou como foto 
As minhas retinas lhe tem ao todo
A minha vida, minhas asas deixaram de bater 
As minhas obsessões, meus desejos estão a morrer 

Quando deixei a ti
Quando deixei a mim 
Quando deixei de mentir?

Meus lábios deixaram de ser um labirinto 
Meu corpo deixou de ser muralha
Minh`alma foi esquecida no teu corpo...

sábado, 26 de maio de 2012

O Regresso

No dia de tudo
O nada foi dado

No dia do nada
O tudo se fazia querido

O caminho triste e poeirento 

Dita o seu andarilho 
As folhas secas, narram um estribilho
Os pedaços são encontrados em ladrilhos



Anseio o inverno alvo
Anseio seu pássaro negro
Anseio de nós dois o estribilho


Caminho como uma pedra...
Em tua direção não há, não há...
Veredas em que possa eu andar... 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Melancólica Lembrança

Houve um dia
Houve uma frase
Ouve uma fala
Ouve um tic... tac...


Vê uma folha rodopiar 
Vê um gesto no pairar 
Olha... Seu caminho
Olha como deixara a folha sem carinho


No caminho sua mão a soltara no vento
Ela foi ao chão
Ele a viu cair triste e desatento


Caminhou só de mãos dadas com o crepúsculo
Apagou seus traços pela noite a observá-lo
Cambaleou ao ver uma folha de dourado brilho...  

quinta-feira, 1 de março de 2012

Soneto Noturno

Ouço cicatrizes
Pele limpa
Dias para esqueceres
Busca pela cura


Desiste de lutar 
Admirei a beleza 
A melodia a arrebatar
Soturno por natureza


Deixei meu veneno doce
pensamentos febris
Minha força falece


Clamo por cura a noite 
Desespero... Não a quero
Desejo luz, mas em trevas não estou triste

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sussurro Crepuscular

Manhã nefasta
Sonhos em pedaços
Na multidão resta
Desatino esperançoso


Movido ao redor
Deslocado pelo íntimo
Clamando ao ardor
Passeando mãos no infinito


Devaneia, chora...
Sozinho
Desvenda, sorri...
Rodeado


Cala-se diante de Deus
Perturba-se, peca
Remonta-se e anda, adeus
Aos olhos ainda não veio a seca


Anda em meio a felicidade...
Alheia
Corre do sofrimento...
De pouca idade


Vocifera por dentro
Esmurra a porta
Arranha as paredes
Lhe parece masmorra 


Por uma fresta...
O pôr-do-sol
Sussurro de luz
Cresce com esta...


Arrasta-se, peca
Sofre...
Busca... Encontra...
Confiante, capaz... 


Toma as cores do crepúsculo...
Pra si 
Sim...

Labirinto Soturno

Caindo por terra
Verdades fictícias
Sonha a degenerada
Castelo em ruínas 


Veredas de folhas secas
Corredor funéreo
Marcas de vida já fora das veias
Passos... Passos... Adentro...


Dedos margeiam pedras frias
Brisa rasteira... Assusta
Iris escura palpita


Mãos e pés esfriam
Coração sucumbi
Aroma enebria, sonhos acabam... 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cravos e Leões

Sente o ar em movimento 
Sente a terra por baixo das patas
Sente as retinas perderem o firmamento
Sente a majestade na forma como bradas


Sente o ar em movimento 
Sente a terra ao redor de seu corpo
Sente suas pétalas balançarem no ritmo do vento
Sente a majestade em seu perfume intenso 


Pelo dourado sob os sois
Tom Carmim palidece a paisagem
Força e beleza a sós 


Imagem majestosa pintada em corações 
Face grandiosa em sua forma
Força e Beleza... Cravos e Leões

Perdido

De outras vozes...
Seres
Galanteios são lançados...
Catados


Não mencione...
Meu nome
Não impeça...
Sua vontade


Retorço minh'alma... 
Por não seres do meu colo
Reviro os panos... Não esta na cama

O músculo pesado

Abri mão de ti, por que? 
Vexame o presente não ser um perfeito passado

Covarde...

Parecido com o amanhecer
O Sol ruborizou-se
Vi as estrelas no escurecer
Mas não pode arrepender-se 


Nunca estar apaixonado 
Nunca ver as estrelas em um olhar 
Nunca ser assolado
Nunca estar flexionado


Estar em pé, pairando sobre as ruas 
E não ter ninguém
A quem sussurrar palavras nuas



Deixou o amor entre os dentes e língua
Entre folhas e penas tentou... 
Virou as costas, permitiu a ruína

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sangue... Suor...

Calmaria em um lar 
Silêncio...
Ecoando pelos cantos
gritos...

Uma ausência colossal

Abandono... 
Um templo de vida
Despedaçado... 

Vida derramada
em ceramica barata

Sangue, seco, identidade de uma vida


Esforço para respirar
Os múculos exaustos 
Suor, molhado, traço corrente na vida




domingo, 5 de fevereiro de 2012

Citação

"Mostre-me um homem que não seja escravo das suas paixões."










                                                                                                                 Shakespeare, Willian.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Esfera Passada

Passos...
Já foram errantes
Gestos... 
Já foram tremulantes


Olhares...
Em busca do algo a mais
Narinas...
Em busca dos aromas ideais


Errante andarilho
intrínseco caçador de brilho
Inicio... Sempre foi um estribilho


Árduo ar dissimulante
Amarrando ataduras insinuantes 
Percorro esferas passadas... Instantes