"Eu sou "

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Sou aquele que muitas pessoas não gostam... Sou aquele que não vai te fazer rir quando você quiser, Sou aquele que não aceita arreios de ninguém, Sou aquele que vai te amar se não me irritar, Sou aquele que busca no alheio um novo ar, Sou aquele que tem na língua uma sinceridade esmagadora, Sou aquele que tem garras e força pra defender a quem amo, Sou aquele que tem frieza o suficiente para menosprezar quem precisar, Sou aquele que você odeia ou ama... Em mim não existe meio termo...

domingo, 27 de março de 2011

Me deixa...

Me deixei levar pela tua alma brincalhona...
Toques inocentes
Me deixei levar pelos teus beijos...
Olhar de ternura
Me deixei destruir pelas tuas duvidas...
Decisão dolorida
Me deixei cair como lágrima...
Vertida em tristeza
Me deixo levar pelo vento e pensamentos
Há sempre o teu sorriso
Torturante agonia cuja dor não...
Me deixa... Viver...

sábado, 19 de março de 2011

Soneto Inverso

No descolorir 
Somente o brilho
O som do nada a ruir


Desfruto de paz
Regozijo-me em calma
Peço sem delongas o que me faz


Retorço-me em distância 
Reconstruo a cada respirar
Tecidos bordados com teus cabelos 
Clareio os olhos para ver... Importância


Qual a grande diferença?
Se não estas junto do meu...
Silêncio... Esta a ruir
O meu peito se quebra e disfarça...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ainda...

Por vezes troquei socos com o nada
Diversos os tempos, perdi para mim mesmo
Esbravejei minhas idéias... Pura loucura
Fingia girar o mundo, quando nada estava ocorrendo

Dizia-me um feliz caçador
Dizia-me um eterno em jovialidade
Entretanto, inúmeras vezes não tinha as flechas
E muito menos a tão cantada mocidade

Ainda que o corpo fosse jovem
Apegava-me a hábitos idosos
O ato de ser ranzinza tornara-se um atrativo
E eu deliciava-me com tal apreciação

Incontáveis foram às vezes em que nada falava
Só para que comentassem o meu jeito sério
Implicava até o momento de pararmos para um café
- Sim, adorava um café...

No início eram os gelados com inúmeros sabores
Mas com o tempo fui me apegando ao café puro
Com mais cafeína e menos açucares
Pensava ser um homem para tais bobeiras

Ainda que a barba fosse falha e mal vista
A ostentava e dizia a mim mesmo:
- Assim fico com um rosto mais robusto e de mais idade...
Não gostava da imagem que não a de um homem sério

Meus amigos me riam, como se fosse apenas uma baboseira
E eu, é claro pensava o mesmo de suas vestes e hábitos
É engraçado como em pouco tempo aprendemos tanto
Sobre o mundo e suas imperfeições...

Contudo as nossas imperfeições são as últimas a serem compreendidas
Damos-nos ao luxo de sempre ver o pé alheio
Mas nunca olhamos como os nossos também pisam o mesmo chão
Mesmo que caminhem em opostos caminhos



É preciso ficar velho para perceber
Como éramos impetuosos a nós mesmos...
Isso poderia ser tratado com vergonha
Mas digo que é apenas mais um traço da nossa lenta maturidade

Se já tiveres ido a uma sala de orquestra
Vai me entender... A melodia fica...
Mais sublime e entendida ao longo do tempo
No começo não entendemos muito bem...

Todavia, com o passar das notas e arranjos
Vamos nos deixando levar pelo sentimento do músico
No fim, ainda que atordoados, nos damos o direito de tirar conclusões
Ministramos até mesmo pequenos discursos sobre o ocorrido

Em vias reais a nossa vida é bem similar à música
Toda ela pode ser medida em compassos
Em pequenos arranjos
É uma pena muitos de nós não prestarem à devida atenção

Mas voltemos ao fato de que apenas alguns de nós
Conseguem ser plenos com suas vidas, quando ainda tem pouca idade
Se não fossem os espelhos obstáculos a serem vencidos por nossos corpos
Poderíamos dizer que seriamos felizes

Não seriamos capazes de ver as marcas de nossos erros...
E os anos passariam, continuaríamos impetuosos
Acho que esta idéia não foi bem alocada
Por ocasião, esqueçamos o dito sobre nossa triste beleza

Por que não podemos digerir e assimilar nossas experiências
De maneira a ficarmos com tamanhas bagagens ainda jovens?
Somos os únicos seres cuja maturidade demora tanto a nos bater a porta
Alguns nunca a ouvem bater, neste caso não sei dizer se já a ouvi...

Porém o motivo que me põe a frente do papel...
Não é quando ou como ficaremos maduros
Ou astutos o suficiente para iludirmos os nossos próximos
Com falsas experiências de pessoas formadas em vida



E sim um comportamento que pode ser que não seja tão diferente
Insisto em parecer mais velho e maduro
Quando deveria me esforçar para mostrar vitalidade e deixar apenas...
Que o ar da maturidade sente próximo a mim

Não deveríamos nos pressionar tanto
E pularmos etapas tão bonitas e únicas em nossas vidas
Fomos crianças, somos jovens, seremos adultos e ainda... Idosos
Eu ao fim deste texto viro mais uma página da minha jornada


Espero que você possa ter virado uma sua
E ver que a próxima será tão boa quanto a última
E teremos muito mais
Ainda... 

Nove Letras...

Em nove letras...
Significado
Em classes, conhecimento...
Substantivo próprio
Em diversos seres...
Coincidências
Em várias personalidades...
Importâncias
Em denominações...
Distinção
Em motivações adversas...
Diferenças
Em mim...
Nele
Em meio às mesmas...
Nove letras 

Paranóia

Afundando em copo d’água
Sentimentos antigos passam
Em piscadelas perco você
Atravesso grandes vias
Meus pés não sabem o caminho
A percorrer... A deixar para trás

Em um momento me perdi de teus...
Dedos, olhos... Respiração
Afundando sem resgate, deixo-me...
Embriago-me em correntezas
Apenas incertezas

Percebo teus olhos... Julgam-me
A cada passo, a cada nova tentativa
A cada esboço de ter novamente o ar
Percebo o teu toque em outro
Tem as mesmas letras, mas não tem...
O significado

Penso em troco, partindo de ti
Penso em castigo... Destino
Penso em apenas escolhas distintas
Distintas – Destinos...
Destinos – Distintos...

Ato Destoado

EU a via... Não podia tocá-la
EU a ouvia... Não podia tê-la
EU a queria... Não podia abraçá-la
EU a queria tanto... ELA me instigava

Agora gostaria de tê-la feito saber...
E não ter voltado atrás
Havia escrito tudo dentro de mim
Mas não devia tê-lo feito... Escrever

No fim ELA nunca fora especial
E percebe o que EU fiz?
No fim EU havia sido um sentimental

ELA se dizia tão enamorada
Em um total ato destoado
EU tolo acreditava

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sozinho

Por diversas vezes...
Recusei
Por diversas vezes...
Menti
Por diversas vezes...
Fingi
Por diversas vezes...
Desisti
Por diversas vezes...
Iludi
Por diversas vezes...
Ganhei... Solidão

Máscaras de Nós

É claro você sabe...
Este escrito, você pode me ler
Não precisa de meias palavras
Em rubricas fazemos nossa teatralidade

Buscamos nossos olhares
Nas retinas daqueles lá fora
Sabor fictício de você
Nos perdemos em diversos lugares

Aquela cuja pele toco
Não é realmente você
Entre nós existe a luz de um foco

Máscaras, cascas pubas
Quem sabe onde esta você
Queria ver-te em alma nua