"Eu sou "

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Sou aquele que muitas pessoas não gostam... Sou aquele que não vai te fazer rir quando você quiser, Sou aquele que não aceita arreios de ninguém, Sou aquele que vai te amar se não me irritar, Sou aquele que busca no alheio um novo ar, Sou aquele que tem na língua uma sinceridade esmagadora, Sou aquele que tem garras e força pra defender a quem amo, Sou aquele que tem frieza o suficiente para menosprezar quem precisar, Sou aquele que você odeia ou ama... Em mim não existe meio termo...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Somos

De tudo temos
De tudo gozar podemos
Nas guerras, guerreiros somos

Nas festas, anfitriões
Há muito perdermos nossos grilhões
E preconceitos ganhamos
Contudo promessa de equilibrista é o que me dizes?

Ao menos somos felizes...

Em você

A chuva nunca terá para mim o mesmo sentindo
Depois de você em minha vida,
Os misturados sons de música não serão simplesmente mais músicas e sim a reverberações de ti.

Tu foste, será e é algo em mim,
Que a ti não sei bem como falar.
Sinto o pesar das gotas de chuva,
Não mais sinto o esconder do sol para nós em momentos de amantes,
Sinto o nublar do céu em tristeza,
Mas isso dentro de mim de encontro ao exterior de nós,
Sem a menor extensão de laços,
É somente o que éramos antes.
Um olhar distante de você para dentro de mim...
Eu desejoso de um toque teu,
O qual tivesse para comigo verdade, verdade no dizer,
No expressar e não um olhar de pena, consternação.

A cada acorde montado, a cada nota soada,
A cada trovador eufórico em amar, soturno em chorar, vou lembrar da tua voz,
Vou recordar dos teus olhos fechados ao pensares nas palavras que cantas,
Vou lembrar de como danças...
Vou perceber que são muitos os que anseiam lhe dizer algo em forma de canção e de alguma forma atingir o lado teu,
Ficar em festividades por ter esta posição.
Vou realizar... Percebo
Fui mais um em devaneios do seu coração.
Aguardarei e guardarei a melodia para o desfecho.

Por motivos talvez de incógnita razão sinto-me em escuridão,
Uma vez sozinho sem o calor teu...
Em pensar que minha luz comportou-se com a luz das estrelas,
Iluminou,
Aqueceu em seu extremo,
Brilhou radiante,
Contudo,
Morreu subitamente.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Seis Atos

I

Pra tantas coisas ruins
Eu me dispus...
Meus olhos te vêem
Eu sorrio...
Destruindo-me e massacrando
Alheios sentimentos
Vejo-me longe de você
Contei cada grão
De sentimento
De pensamento
De transpiração
De inspiração

II

Não desejo estar
Não desejo o ar
Não desejo de ti
A vida inteira
Não ouvir
O reverberar de sua língua
Minha boca seca
Meu tempo... Tic-tac
Tic-tac... Tic-tac...
Esvai-se
Junto com seu olhar

III

Suas mechas de céu
Negros, mais curtos...
Como os meus sorrisos
Perto de ti...
Perto de ti
Minh’alma se encontra
Perdida
Meu amor vai mais uma vez
Partir...
Tenho medo de empunhar
A espada
Uma vez mais


IV

Vestir minha armadura novamente
Doloroso...
Despiram-na da sua couraça
Tentei lhe vestir de tecidos leves
Flores...
Será que tive êxito...
Devaneios... Meus desejos
Ambições, respeitos
Não vejo mais meu crescimento


V

Perdi-me na tua gravidade
Meu eixo não mais está
Comigo...
Em mim
Para mim...
A deriva, pairando estou...
Desprotegido
Entregue...
Finalmente vejo
As estrelas mentem
Elas não brilham para...
Nossos olhos...
Meus olhos...


VI

Isso vai passar...
Vou ver as estrelas
Iludir-me
Sofrer...
Utilizar-me de palavras
Acovardar-me
Errar...
Em tocar... Acordes
Em Odes
Nós atravessamos mentiras
Queria poder contar...
“No Papel de mim, com tuas dobraduras"

domingo, 23 de janeiro de 2011

Completo e Distante

Gostaria de estar com as mãos nos teus cabelos
Os olhos perdidos na tua boca
A tua respiração e vida
Gravadas na minha retina
Sem querer, perder o tempo nesses momentos...

Seu

Mesmo que eu tenha que esperar na chuva
O seu abraço, o seu olhar, seu falar.
Mesmo que o meu corpo seja atingido pelas aflições do mundo
E que todos me dêem as costas, não vou me importar.

Por muito tempo eu ergui o meu punho
Por muito tempo ninguém havia sido capaz de detê-lo
Com sua candura derrotou-me
Arrancou meu coração e fez dele seu novelo

Se não me conhece-se diria estar triste
Porém se pra te ter, tivesse que estar no meio do nada.
Estaria ao lado das pedras de mais alta estirpe

Ao passar por campos de cravos sinto seu cheiro
Não sei por que te sigo embaixo deste céu
Por caminhos oscilantes entre amor e razão... Eu, somente seu...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Plebeu

No teu dedo não ponho anel
A ti, não oferto Coroa
Não te entrego Reinos
Não monto Altares
Não ofereço vidas em teu nome


Lhe dou minhas mãos...
Toque
Lhe dou meus pensamentos...
Ardência 
Lhe dou meu leito...
Abraço
Lhe dou minha admiração... 
Vitalidade
Lhe dou minha vida em forma de canção... 





sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Página em branco

Uma página em branco
Uma página imaginária
Palavras escritas aos poucos
Letras manuscritas sem pigmentos

Permaneço a fio
Esperando no seu ar
Respostas...
Vejo o transitar do sol, movimento

No luar
Olhar
Assim como os desejos de criança

Minha esperança
Por entre dedos
Carne, sentimentos, razão... Medos...

Pássaro Negro

O meu caminho cheio de derrotas e mentiras...
Visto como um pássaro negro, escondo minhas facetas...
Com a chuva que cai me entristeço, minha garganta se cala...
Um blues de dor envolve a sala...

Com o punho cerrado ergo meu corpo mais uma vez...
O meu caminho não foi o destino quem fez...
Não importa o que você faça, tenho que tentar...
Um coração é muito pouco para de amor se arrebatar...

O meu caminho tortuoso e confuso...
Visto como um pássaro negro, disperso e falso...
Conduzo meu caminho com a mão do passado a minhas costas...
Cautelosamente de cena retiro minhas manobras...

Lá fora as nuvens se afastam daquilo que restou...
O rufar de meu coração se faz quieto...
Doce minha, nada importa, a não ser o peito que nos destroça...
Um pássaro negro é o que dizes que sou...




quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Teatralidade

Em veios, viés
Maquilagem, máscara
Sombras, claro, luz, escuro
Cortinas abrem, sobem, descem, fecham

... Sem por menores, dedos
Sem propositalidade, instintos
Sem entender, lâmina minha língua torna
Sem perder o desejo de estar a sua borda...

Teus Olhos

Olhos...

Esguios 


Esquivos...


Traços finos...


Negros...


Deleitantes


Densos...


No olhar...


O desejo 


De não acordar...

Recortes de mim

Recortes de jornal
Musicalidade, notas perdidas
Gestos, garganta, pescoço, nuca
Cabelos, tecido, bordado de ti
Letras, alto relevo, entendimento
Candura, força, olhos envergonhados, desejosos..

Vestes, personagem
Mutações, de si, pra ti
Respiração, teu ar
Afagar, teus pensamentos
Re-desenhar, tua fragilidade
Meu peito, sua dor, meu ardor...