I
Pra tantas coisas ruins
Eu me dispus...
Meus olhos te vêem
Eu sorrio...
Destruindo-me e massacrando
Alheios sentimentos
Vejo-me longe de você
Contei cada grão
De sentimento
De pensamento
De transpiração
De inspiração
II
Não desejo estar
Não desejo o ar
Não desejo de ti
A vida inteira
Não ouvir
O reverberar de sua língua
Minha boca seca
Meu tempo... Tic-tac
Tic-tac... Tic-tac...
Esvai-se
Junto com seu olhar
III
Suas mechas de céu
Negros, mais curtos...
Como os meus sorrisos
Perto de ti...
Perto de ti
Minh’alma se encontra
Perdida
Meu amor vai mais uma vez
Partir...
Tenho medo de empunhar
A espada
Uma vez mais
IV
Vestir minha armadura novamente
Doloroso...
Despiram-na da sua couraça
Tentei lhe vestir de tecidos leves
Flores...
Será que tive êxito...
Devaneios... Meus desejos
Ambições, respeitos
Não vejo mais meu crescimento
V
Perdi-me na tua gravidade
Meu eixo não mais está
Comigo...
Em mim
Para mim...
A deriva, pairando estou...
Desprotegido
Entregue...
Finalmente vejo
As estrelas mentem
Elas não brilham para...
Nossos olhos...
Meus olhos...
VI
Isso vai passar...
Vou ver as estrelas
Iludir-me
Sofrer...
Utilizar-me de palavras
Acovardar-me
Errar...
Em Odes
Nós atravessamos mentiras
Queria poder contar...
“No Papel de mim, com tuas dobraduras"
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